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O Comitê Executivo do CMI reunido em Paralimni, Chipre. © WCC/Charis Vrahimis

O Comitê Executivo do CMI reunido em Paralimni, Chipre. © WCC/Charis Vrahimis

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"A peregrinação é tanto uma maneira de continuar o trabalho do movimento ecumênico como uma forma de avançar em tempos que trazem novas dimensões, oportunidades e práticas", afirmou o secretário geral do CMI, Rev. Dr Olav Fykse Tveit, refletindo sobre o tema "peregrinação de justiça e paz", uma visão lançada pela X Assembleia do CMI em 2013, e sobre os programas do CMI.

"Assim como o mundo se move rumo a novas configurações, temos que nos mover de maneira que dê visibilidade à missão a partir das margens". Temos que nos mover rumo a novas relações com outras igrejas e parceiros, ao lado da nova geração", afirmou Tveit.

Ele declarou isto enquanto se dirigia aos membros do Comitê Executivo do CMI, que se reuniu em Paralimni, Chipre, de 20 a 26 de novembro. O encontro foi organizado pela Igreja do Chipre.

Composto por 25 membros, o Comitê Executivo do CMI é um dos mais importantes órgaos de tomada de decisão do CMI, com representantes de todas as regiões e moderado pela Dra. Agnes Abuom. O Comitê se reúne duas vezes ao ano para monitorar o trabalho realizado, supervisionar o orçamento e lidar com assuntos de política interna do Conselho.

"Somos convidados especialmente a encontrar novas expressões de unidade em solidariedade com os cristãos que sofrem em tantas partes do mundo", disse Tveit em sua apresentação. "Somos chamados à unidade para servir ao mundo juntos em sua sede de justiça e paz dada por Deus. O mundo, com suas crescentes crises atuais, precisa de pessoas de fé que estejam dispostas a deixar que sua fé seja mais importante do que as posições e identidades contrárias que as separaram no passado", acrescentou.

A escolha do Chipre como sede desta reunião foi chamada de significativa pelo secretário geral do CMI. "Esta nação está sofrendo com as consequências da crise finaceira e das crescentes tensões relacionadas aos recursos naturais no Mar Mediterrâneo. O Chipre é, claramente, uma estação importante em nossa peregrinação de justiça e paz", disse Tveit.

Enquanto refletia sobre os planos e prioridades dos programas do CMI, Tveit fez especial menção às iniciativas de paz na Síria e Iraque, Ucrânia, Coreias do Sul e do Norte, Israel e Palestina, Nigéria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.

Ele também mencionou a guerra em Gaza, referindo-se a como o CMI condenou os incidentes de violência. "A frustração em relação à falta de um processo de paz e das fracassadas soluções das causas deste conflito" precisam ser levadas em consideração. "A contínua ocupação ilegal e a ampliação dos assentamentos precisam parar", acrescentou.

Tveit disse que "o CMI vai continuar a monitorar de perto tais desenvolvimentos e acompanhar as igrejas e as pessoas em sua busca por paz justa" na Palestina e em Israel.

Entre outras inicitivas do CMI, Tveit mencionou a Cúpula Inter-religiosa sobre Mudanças Cimáticas, realizada em Nova Iorque, em Setembro. "A Cúpula conseguiu levar as preocupações das comunidades de fé ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon", lembrou Tveit.

Ele também falou sobre a importância de fortalecer as relações com os parceiros ecumênicos, mencionando a consulta para promover as relações entre igrejas e ministérios especializados, organizada pelo CMI em Malawi. Ministérios especializados são organismos parceiros do CMI que trabalham nas áreas de desenvolvimento, ajuda humanitária, defesa dos direitos humanos e justiça climática.

Tveit tambem ressaltou o trabalho do CMI na formulação de uma resposta ao HIV e à AIDS, e a expensâo de tal resposta em nível global. Ele acrescentou que o CMI também está audando a formular uma resposta adequada à crise do Ebola em parceria com suas igrejas-membro e parceiros.

Tveit disse que, pela primeira vez, o CMI está colaborando com a UNICEF na promoção dos direitos das crianças, como uma das organizações parceiras desta agência da ONU.

A continuidade do trabalho do CMI na "busca por unidade com a Igreja Católica Romana" e na recepção do documento "A Igreja: Rumo a uma Visão Comum", um texto de convergência da Comissão de Fé e Ordem, foram ressaltadas por Tveit. Ele também compartilhou notícias sobre futuras iniciativas relacionadas ao programa de diálogo e cooperação inter-religiosa do CMI, que busca incluir a visão da peregrinação de justiça e paz ao lado de outros programas do Conselho.

A Peregrinação de Justiça e Paz

Informação sobre o Comitê Executivo do CMI

As igrejas-membro do CMI no Chipre