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O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) manifestou profundo choque em relação aos ataques do grupo extremista Boko Haram na Nigéria que, presumidamente, custaram a vida de mais de 2.000 pessoas, incluindo crianças utilizadas em ataques suicidas.

“Uma mentalidade que usa crianças como bombas e que mata indiscriminadamente mulheres, crianças e idosos, está além da indignação e desqualifica-se de qualquer possível pretensão de justificação religiosa", diz o comunicado emitido na sede do CMI, em Genebra, Suíça, em 12 de janeiro.

 

Na declaração, o CMI pede ao governo nigeriano que responda significativamente a esses ataques e assegure proteção às pessoas de qualquer atrocidades.
O CMI também uniu-se aos líderes religiosos nigerianos que têm chamado a comunidade internacional à solidariedade e ao engajamento, expressando sua profunda decepção com a discriminatória falta de cobertura por parte da mídia internacional. "Por mais que o CMI se una à solidariedade internacional com o povo da França por conta dos recentes ataques em Paris, estamos profundamente consternados com o fato de que os trágicos acontecimentos na Nigéria não têm atraído equivalente preocupação e solidariedade internacional", diz a declaração.

O CMI tem igrejas-membro na Nigéria e tem participado ativamente de iniciativas inter-religiosas pela paz no país em cooperação com parceiros locais. Uma visita de alto nível entre cristãos e muçulmanos à Nigéria, em 2012, foi co-liderada pelo secretário-geral do CMI, Rev. Dr. Olav Fykse Tveit, e o príncipe Ghazi, da Jordânia, do Royal Jordanian Aal Al-Bayt Institute (RABIIT). As duas organizações têm trabalhado em conjunto para estabelecer um centro para monitorar a violência religiosa e promover a harmonia inter-religiosa, a justiça e a paz. O centro em Abuja será inaugurado durante o primeiro semestre de 2015.

Leia a íntegra da declaração do CMI (em inglês)

Igrejas-membro do CMI na Nigéria